Entre 20 e 25 de maio decorreu o VIII Congresso Internacional sobre Envelhecimento – AGEINGCONGRESS 2025, sob o tema “Desafios e Inovação num Mundo em Transformação”, promovido pela Associação Nacional de Gerontologia Social – ANGES, com comunicações livres online nos dias 20 e 21 e presencial nos dias 22 a 25 no Ponto C – Cultura e Criatividade, em Penafiel.
O evento que teve mais de 1500 inscritos contou com a presença de inúmeros investigadores e investigadoras, nacionais e estrangeiros, a trabalharem em diferentes domínios do processo de envelhecimento. Os temas das comunicações livres podem ser consultados em https://2025.ageingcongress.com/comunicacoes-livres/ e o programa presencial em https://2025.ageingcongress.com/programa-2025/.
Comunicação
Partilho a comunicação que apresentei no dia 21 sobre o estudo que fiz com o Grupo de Trabalho Envelhecimento e Desenvolvimento Local da ANIMAR: Estudo de avaliação multidimensional do envelhecimento ativo e saudável. Contributos para um modelo de plano gerontológico local.
Resumo
O Estudo foi realizado entre fevereiro e outubro de 2022 e envolveu 47 pessoas entrevistadores e 429 pessoas inquiridas, distribuídas por 7 NUT III e 22 concelhos (12 do Baixo Alentejo), tendo por objetivo geral avaliar a presença de fatores de envelhecimento ativo e saudável nas pessoas com idade igual ou superior aos 65 anos, de forma a fornecer contributos para a criação de Planos Gerontológicos Locais. Em termos metodológicos está sustentado num instrumento de avaliação que envolve 196 variáveis, 46 determinantes comportamentais/ pessoais, 10 determinantes económicas, 76 determinantes sociais, 27 associadas aos serviços sociais e de saúde e 28 ao ambiente físico/ local de residência. No tratamento estatístico, feito com o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), optou-se por uma análise bivariada, utilizando-se tabelas de contingência, o teste do Qui-quadrado de Pearson e o Coeficiente de Correlação de Pearson. No domínio dos resultados abordam-se: fatores psicossociais e estilos de vida; aprendizagem ao longo da vida, convívio, participação social e desvios – não ficar de lado/ não perder direitos; cuidados com a saúde e serviços sociais de apoio; ambiente físico – qualidade e segurança.
Nas conclusões finais questiona-se: i) O que se faz, com resultados comprovados, para promover estilos de vida saudáveis ao longo da vida e combater a iliteracia em saúde? ii) Como é que as pessoas mais velhas encaram a sexualidade e quais as suas interrogações e preocupações? iii) Como se estimula a participação das pessoas mais velhas na definição das estratégias gerontológicas que lhes são dirigidas?
Palavras-chave: Envelhecimento; Gerontologia; Atividade Física; Desenvolvimento Local; Literacia em Saúde.