Introdução

O envelhecimento não precisa de ser sinónimo de afastamento social ou de perda de relevância. Muitas vezes, a sociedade impõe a ideia de que, após determinada idade, as pessoas se devem retirar da vida ativa. No entanto, essa visão está ultrapassada. A realidade mostra que pessoas mais velhas continuam perfeitamente capazes de contribuir, aprender e inovar!

O empoderamento das pessoas mais velhas é essencial para garantir inclusão, respeito e qualidade de vida. Por isso, é necessário contrariar a tendência da «dispensa social» após o suposto fim da vida ativa, que não é de facto e que não tem de ser, podendo as pessoas manterem-se perfeitamente ativas e dedicarem-se a diversas atividades e iniciativas.

Por que empoderar as pessoas mais velhas?

O conceito de “dispensa social” após o suposto fim da vida profissional pode limitar o potencial de milhões de pessoas. Por isso, em vez de reduzir as suas oportunidades, a sociedade deve valorizá-las, reconhecendo a sua experiência e incentivando a sua participação. Por outro lado, o empoderamento das pessoas mais velhas traz inúmeros benefícios, desde o fortalecimento da autoestima até à criação de ambientes mais colaborativos e intergeracionais.

1. Promover a educação e a aprendizagem ao longo da vida

A aprendizagem não tem idade. Cursos presenciais e online, palestras e programas de capacitação são ferramentas poderosas para manter as pessoas mais velhas envolvidas e ligadas ao mundo atual.

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2. Combater o idadismo

O idadismo – discriminação baseada na idade – é uma barreira significativa para o empoderamento. Por isso, desafiar estereótipos e promover narrativas que valorizem os mais velhos são passos fundamentais para a mudança.

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3. Incentivar a participação ativa na comunidade

Projetos de voluntariado, grupos de debate e associações culturais e de desenvolvimento local são formas excelentes de manter a integração social, estimulando habilidades e trocas de conhecimento.

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4. Melhorar o acesso à tecnologia

A inclusão digital permite que as pessoas mais velhas se mantenham informadas, conectadas e autónomas. Oferecer treino e suporte técnico facilita esse processo e reduz barreiras tecnológicas.

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5. Garantir políticas públicas e apoio institucional

Governos e organizações devem criar iniciativas voltadas para o bem-estar e autonomia das pessoas mais velhas.  Isso inclui desde melhorias no  transporte público até programas de incentivo ao emprego e ao designado empreendedorismo grisalho.

Conclusão

Empoderar as pessoas mais velhas é uma necessidade urgente para uma sociedade mais justa e inclusiva. Com ações estratégicas e mudança de mentalidade, podemos garantir que a experiência e o conhecimento das pessoas mais velhas continuem a enriquecer as nossas vidas.

Olá, sou Raul Jorge Marques

Geógrafo. Mestre em Geografia Humana - Desenvolvimento Regional. Curso de Sensibilização em Gestão e Inovação Organizacional da Empresa. Pós-graduado em Gerontologia Social e em Gerontologia Clínica. Consultor independente em Desenvolvimento Local/Regional, Prospetiva Estratégica Territorial e Gerontologia. Coordenador Científico do Grupo de Trabalho Envelhecimento Ativo e Desenvolvimento Local da ANIMAR.

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